Ataque a igreja deixa 15 cristãos mortos em Burkina Faso
Extremistas mataram 12 pessoas durante o culto dominical e outras três faleceram no hospital
No último domingo, 25 de fevereiro, 15 cristãos foram mortos durante um ataque a uma igreja na aldeia de Essakane, em Burkina Faso. O líder cristão responsável pelas igrejas da região, Jean-Pierre Sawadogo, afirmou em um comunicado que 12 pessoas foram mortas instantaneamente e outras três faleceram no hospital. “Nesta dolorosa circunstância, convidamos todos a orar por aqueles que morreram na fé, pela cura dos feridos e pela consolação dos corações enlutados”, afirma o documento.
De acordo com informações locais, homens armados invadiram a igreja e atiraram contra os cristãos durante o culto. Um oficial da comunidade garantiu que os assassinos eram suspeitos de pertencer a um grupo de extremistas islâmico.
Perseguição a cristãos em Burkina Faso
A instabilidade política após dois golpes militares favoreceu a ação de grupos extremistas islâmicos e aumentou o número de ataques violentos. O país tem uma das crises de deslocamento mais graves do mundo – com muitos cristãos entre os deslocados. O governo militar enfrenta acusações de crimes de guerra. Nesse contexto, aqueles que tentam seguir a Jesus em Burkina Faso sentem-se inseguros.
Burkina Faso, que costumava ser modelo de tolerância religiosa, agora é palco de desentendimento entre muçulmanos e cristãos. Agora, além de enfrentarem violência e ameaças de jihadistas, os cristãos de origem muçulmana são pressionados e ameaçados por parte da família e da comunidade. Muitos têm medo de compartilhar a fé em público porque podem ser rejeitados pelos parentes e forçados a renunciar à fé em Jesus.
O país ocupa a 20ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2024 (LMP) que classifica os 50 países que mais perseguem cristãos no mundo. Em sua pesquisa, a LMP24 apurou que mais de 365 milhões de cristãos enfrentam elevados níveis de perseguição por causa de sua fé.
A Portas Abertas trabalha por meio de parceiros locais no fortalecimento de cristãos em Burkina Faso. Isso acontece por meio de treinamentos para sobreviventes de ataques extremistas, ajuda emergencial e cuidados pós-trauma.
Violência de jihadistas
O site de notícias africano Defense Web explicou que os ataques jihadistas afetam países como Mali, Burkina Faso e Níger, em menor grau. A zona tríplice de fronteira, chamada de Liptako-Gourma, é a mais propensa a ação de jihadistas. Após a saída das tropas francesas dos dois países, o centro do Mali e o Norte de Burkina Faso tornaram-se os locais dos piores ataques.
A onda de violência forçou o deslocamento de pelo menos 2 milhões de pessoas. Isso quer dizer que um em cada dez cidadãos precisou fugir de sua casa e comunidade por causa da ação de grupos extremistas. Cerca de 800 mil pessoas estão cercadas por áreas dominadas por grupos radicais.
Burkina Faso foi conhecida pela tolerância religiosa e pelo bom convívio entre seguidores de Jesus e muçulmanos. “Os cristãos foram desproporcionalmente impactados pela crescente insurgência no Norte do país, com igrejas e comunidades cristãs como alvos nos ataques, enquanto muçulmanos que não estão do lado dos grupos extremistas islâmicos também sofreram muito”, explica Jo Newhouse, porta-voz do trabalho da Portas Abertas na África Subsaariana.
Desde 2019, a Portas Abertas trabalha com os cristãos perseguidos em Burkina Faso. O objetivo é capacitar as igrejas a responder biblicamente à perseguição, oferecer socorro e cuidados pós-trauma.
Ore pela África Subsaariana
Eliminar a presença cristã é um dos principais objetivos de grupos extremistas islâmicos que atuam na África Subsaariana. A igreja brasileira, livre de perseguição religiosa, deve agir em favor de nossos irmãos atacados. Organize o Domingo da Igreja Perseguida (DIP) 2024 em sua igreja e faça parte do maior movimento de oração em favor dos cristãos perseguidos.